Por vezes há momentos em que olhamos uma frase sem a conseguirmos absorver. As palavras entram, são lidas em modo automático, a velocidade de cruzeiro, e desaparecem tão natuyralmente como entraram, sem deixar rasto nem sinal. Relemos a frase, palavra a palavra fazendo de cada vez um esforço maior para entendermos o sentido, mas as palavras entram mudas e saem caladas, e nada fica no espaço que possamos usar para lhes darmos sentido. se ao menos um cheiro, uma ligeira fragância que fosse, um simples risco ou um mero sinal de luz que nos induzisse algum pensamento mais lógico e desenvolvesse o sentido da frase. Mas nada. Elas entram, passeiam-se brevemente nos circuitos cerebrais como se se tratasse de um descontraído passeio de Domingo à beira mar, ou num campo de prados verdes ao som da brisa e dos pássaros que passam, e nada deixam para trás. Nem sinal de vida, nem marca por mais indelével que fosse.
Por vezes há momenros em que tentamos mudar o sentido do que não vemos, daquilo que queremos mas o corpo não sente. As pálpebras descaem criando uma cortina escura mas tão apetecível e reconfortante. E ao forçarmos a entrada de luz, deixando a porta aberta para que as desejadas palavras nos entrem na alma e nos falem de si, sentimos o peso do corpo a abalar-nos a vontade, o querer saber mais, aprender mais, ou simplesmente despachar um trabalho. O peso torna-se insuportável. Perante a impossibilidade de gerir o esforço e tornar útil o tempo, sentimo-nos frustados, fracos, vencidos pelo cansaço, pelo corpo que pede o descanso que lhe negamos, ou simplesmente pela detestável preguiça. Lutamos incansáveis pelo sentido das palavras, por esse significado evidente e oculto, que nos impele a tentar uma e outra vez, pesando-nos cada vez mais a dor do esforço mental, em que as frágeis pálpebras se tornam bigornas, e o querer saber mais, aquela vontade de entender e fazer algo que queremos e precisamos, não passa de um Golias prostado na lama após dura mas fracassada batalha.
Por vezes há momentos em que lutamos derrotados. Seja pelo cansaço ou pelo simples hábito perdido no tempo, ou na indesejada mas tão saborosa preguiça, lutamos contra algo que por vezes é tão mais forte que nós e que nos derrota vergonhosamente. Dizemos que não, que somos mais fortes, e que a vontade supera tudo. Mas enganamo-nos redondamente. Debatemo-nos por ideiais e vontades que provavelmente nem existem no nosso íntimo. Esforçamo-nos por objectivos sem sentido, e gastamos toda uma vida em actividades esforçadas e de sacrificios para nada. O corpo sabe muito, sabe exactamente o que quer e precisa. A mente sabe o que quer e onde pode chegar. E nós só temos de nos esforçar por ouvir e entender o que precisamos fazer e quando o fazer. De nada nos vale lutar e sacrificar energias nesses momentos, em que esse esforço será inglório, e só nos fará perder a oportunidade de recuperar forças para a batalha seguinte. Há batalhas que não valem a pena lutar. Há batalhas perdidas, em que mais vale ficar quieto, e gozar do descanso ou da preguiça golosa. Renovem-se as forças e fortaleça-se a vontade, o querer, e logo as palavras passarão sorridentes, assinando o livro de visitas, e tudo fará sentido de novo. por vezes descobrimos que apenas o que falta é mudar a nossa perspectiva, ou a nossa mentalidade. As batalhas passam a ser ganhas, deixa de haver suor perdido, somos recompensados pelo esforço, e o corpo encontra o seu lugar certo, a mente desenvolve as suas ideias, e o trabalho resulta no sucesso desejado...
...e merecido.
Por vezes há momenros em que tentamos mudar o sentido do que não vemos, daquilo que queremos mas o corpo não sente. As pálpebras descaem criando uma cortina escura mas tão apetecível e reconfortante. E ao forçarmos a entrada de luz, deixando a porta aberta para que as desejadas palavras nos entrem na alma e nos falem de si, sentimos o peso do corpo a abalar-nos a vontade, o querer saber mais, aprender mais, ou simplesmente despachar um trabalho. O peso torna-se insuportável. Perante a impossibilidade de gerir o esforço e tornar útil o tempo, sentimo-nos frustados, fracos, vencidos pelo cansaço, pelo corpo que pede o descanso que lhe negamos, ou simplesmente pela detestável preguiça. Lutamos incansáveis pelo sentido das palavras, por esse significado evidente e oculto, que nos impele a tentar uma e outra vez, pesando-nos cada vez mais a dor do esforço mental, em que as frágeis pálpebras se tornam bigornas, e o querer saber mais, aquela vontade de entender e fazer algo que queremos e precisamos, não passa de um Golias prostado na lama após dura mas fracassada batalha.
Por vezes há momentos em que lutamos derrotados. Seja pelo cansaço ou pelo simples hábito perdido no tempo, ou na indesejada mas tão saborosa preguiça, lutamos contra algo que por vezes é tão mais forte que nós e que nos derrota vergonhosamente. Dizemos que não, que somos mais fortes, e que a vontade supera tudo. Mas enganamo-nos redondamente. Debatemo-nos por ideiais e vontades que provavelmente nem existem no nosso íntimo. Esforçamo-nos por objectivos sem sentido, e gastamos toda uma vida em actividades esforçadas e de sacrificios para nada. O corpo sabe muito, sabe exactamente o que quer e precisa. A mente sabe o que quer e onde pode chegar. E nós só temos de nos esforçar por ouvir e entender o que precisamos fazer e quando o fazer. De nada nos vale lutar e sacrificar energias nesses momentos, em que esse esforço será inglório, e só nos fará perder a oportunidade de recuperar forças para a batalha seguinte. Há batalhas que não valem a pena lutar. Há batalhas perdidas, em que mais vale ficar quieto, e gozar do descanso ou da preguiça golosa. Renovem-se as forças e fortaleça-se a vontade, o querer, e logo as palavras passarão sorridentes, assinando o livro de visitas, e tudo fará sentido de novo. por vezes descobrimos que apenas o que falta é mudar a nossa perspectiva, ou a nossa mentalidade. As batalhas passam a ser ganhas, deixa de haver suor perdido, somos recompensados pelo esforço, e o corpo encontra o seu lugar certo, a mente desenvolve as suas ideias, e o trabalho resulta no sucesso desejado...
...e merecido.