Wednesday, December 23, 2009

Coincidências... ou destinos traçados?


No passado Domingo... de manhã... no café... a caminho das férias... juntos...

Ela pega no seu pacote de açucar, lê... sorri... e mostra-me:



Então eu pego no meu... leio... sorrio... e mostro-lhe:


E mais não foi preciso dizer...

Saturday, December 19, 2009

All I Want for Christmas is You

Por norma não uso este tipo de mensagens... nem ligo especialmente à época natalícia... mas achei esta versão bem diferente da que correntemente se ouve por aí e...

...aqui vai!




Vejo-te daqui a menos de um instante...
;)

Monday, December 7, 2009

Pérolas Negras

Mesmo no meu último dia... mesmo, mesmo já no fim... eis que descubro mais uma pérola ao tratar de um visto para uma colega, através de um contacto conseguido na TAAG.

E para que tudo seguisse na perfeição, foi-me deixado o cartão profissional do contacto, entregue pelo próprio contacto após procura algo longa na sua caixinha de cartões de visita... que aqui vos deixo para se regalarem:


Naturalmente, censurei o nome e respectivos contactos.
Gostaram?
:D

Thursday, December 3, 2009

208

Sempre que estacionamos a viatura do estacionamento do hotel, temos de informar, à entrada, o número do quarto, sendo que o segurança verifica o nome associado para confirmação. Não há provas dadas... Se o nome bater certo... pode entrar. No entanto, são muitas as vezes em que nada confirmam, limitando-se a pedir o número do quarto.

Depois, o segurança entrega um papel A4 plastificado com o número do lugar de estacionamento que se deve ocupar, que deveremos deixar em cima do tablier da viatura. Devem de existir menos de 100 lugares no total (fixem isto). Raras são as vezes em que o lugar está livre... e por isso estacionamos em qualquer outro lugar. Nunca houve problemas.

Ontem... mal chegámos à entrada, abrimos o vidro e mecanicamente dissemos o número do quarto (de um deles que éramos 4 pessoas), "208", afirmou o condutor.

O segurança começou a passar pelas folhas numeradas dos lugares de estacionamento... uma a uma, e outra... e outra... e mais... olhámos e repetimos... "Quarto 208"... o segurança ficou com um ar atrapalhado e já tinha passado mais de metade das folhas numeradas uma a uma, olhando atentamente os números inscritos... e continuou a procurar... Aí percebemos que ele estava efectivamente a procurar o número 208. Dissemos "Deixe estar... dê-nos um número qualquer que não tem importância", enquanto dois de nós riamos desalmadamente a tentar disfarçar. O segurança continuou a procurar, ainda mais atrapalhado. "Um qualquer.. ", insistimos, "...deixe estar o número... isso não interessa!"... Até que, após muitas insistências nossas para nos dar um qualquer lugar (e note-se que nunca se pede um lugar porque não são fixos) ele por fim lá nos deu uma folha ao acaso com ar de quem não sabe se está a fazer bem e está prestes a receber um castigo. Agradecemos e... assim que íamos arrancar ele pergunta, "Vão para onde?"....

Monday, November 30, 2009

Serviço de Quartos

Ontem... Domingo... pedi o almoço no quarto. Não me apeteceu sair... e o hotel também não é assim tão convidativo.

O hotel é de 4 estrelas... e o almoço foi este:


Um prego, com dois pedaços de carne de meio centimetro de altura cuja dimensão não é maior que a base da garrafa de cerveja... e por isto paguei USD 31,00... sim... uns cerca de EUR 20,80 ao câmbio de Sexta-Feira, num país onde a mão de obra é quase dada e a produção de carne é relativamente barata.

Quando a empregada do hotel, por sinal muito simpática, se ia embora perguntei-lhe pela abertura da garrafa de cerveja... ao que responde que se tinha esquecido de... (?) e que voltava já.

Voltou passado muito pouco tempo (coisa rara) com o abre latas... olhou para mim e disse:
- Eu não sei como se usa isto...


PS: não sei porque raio o copo da cerveja vinha cheio de cubos de gelo... mas optei por beber pela garrafa.

:P

Wednesday, November 25, 2009

Ministério do Coiso?!?!?!?

Pergunta feita à minha colega, na rua, por uma angolana:
- Desculpe, sabe-me dizer onde é o Ministério do Coiso?

Bem... entenda-se que "coiso" é um termo aplicado a quase tudo pelos angolanos em qualquer conversa... mas desde que se esteja dentro do contexto, n'é???

Saturday, November 21, 2009

To Whom it may Concern...

Por vezes estamos demasiado concentrados... preocupados... ou até mesmo em conflito... com o que foi e com o que será...

...o ontem pertence à História... o amanhá é um mistério...

...mas o hoje...
...hoje é uma dádiva...
...é por isso que se chama "o Presente"!

Friday, November 20, 2009

Necessidades maiores...

Atentem à imagem abaixo... colada na parede da casa de banho da instituição de crédito onde estou a desempenhar o meu papel de consultor, em Luanda, mesmo por cima da sanita...


As questões que coloco são...

1) qual é a medida para que se considere uma necessidade maior... 5 cm, 10 cm... e se for rala não conta?

2) se fizer uma necessidade pequena... assim mesmo pequenina tipo berlinde de cabra ou azeitona de ovelha... conta?

3) será uma necessidade maior aquela que está ligada ao tempo de laboração da coisa, ou ao sentido de pressão que a coisa pode causar?

4) e se a necessidade maior não incluir a sanita, tem de se limpar a sanita à mesma?


Muito mais se poderia dizer acerca desta advertência... mas deixo essa criatividade ao vosso critério...

Thursday, November 19, 2009

Yah...

No hotel de 4 estrelas em Luanda, onde estamos hospedados, e que por sinal é o melhor hotel da capital, somos constantemente confrontados com um serviço entre... o marasmo e a morte.

É certo que existem profissionais competentes, mas a maioria daqueles com que entramos em contacto, e aqui ressalvo os serviços menos expostos aos hóspedes que de facto desconheço, deixa uma sensação de incompetência misturada com desleixo.

É usual aguardarmos mais de uma hora por uma Club Sandwish quando existem 3 empregados no bar, fora os da cozinha, e o bar está a 20% de clientes. É normal o pedido vir incompleto. É normal trazerem a conta antes de servirem tudo o que pedimos porque já se esqueceram do resto, e depois fazem a observação "ãhhhh......" como se estivessemos a fazer o pedido pela primeira vez, quando já vamos na 3ª repetição do pedido por falta de resposta.

Enfim... esta manhã houve outro momento brilhante...

A sala de pequenos-almoços estava a menos de meio, o que é muito para a capacidade de encaixe dos 5 ou 6 empregados (apenas dos que atendem á mesa e cujo serviço é de self-service, como é usual). Um hóspede queria sentar-se e não tinha mesa porque nenhuma das mesas vagas tinha sido ainda limpa, e já estava de prato na mão... e solicitou a um empregado que ía a passar (porque eles desaparecem e são difíceis de apanhar) se podia limpar a mesa que estava à sua frente.

O empregado vinha-me a trazer o café expresso que eu tinha pedido antes, ouviu o pedido do hóspede sem sequer olhar para ele (passou a escassos 20 cm do hóspede) e já de costas voltadas respondeu: "Yah! espera aí!"

Monday, November 16, 2009

Outros mundos...

Hoje...

Hoje tocou um telemóvel durante o vôo de avião, enquanto sobrevoávamos Luanda, e ninguém o desligou até que, mesmo no fim, o comissário de bordo andou à procura do telemóvel e encontrou-o mais o respectivo dono, que fingia nada se passar...

Hoje vi uma viatura a puxar um atrelado com um helicóptero, no aeroporto de Luanda... devagarinho... e atrás vinha um funcionário, a andar a pé, a segurar a parte de trás do helicóptero!

Hoje vi uma empresa de formação e segurança em Luanda, com um dístico preto, onde figuravam as palavras como sendo os alicerces da empresa: "Formação, Segurança, Serviçes"!!!
Sim... leram bem... "Serviçes" com "ç"!

Enfim... podia continuar, mas acho que já deu para ter uma pequena ideia...

Wednesday, November 11, 2009

O que nos reserva o amanhã?

Em conversa com a S., C. para os bloggers, deparámo-nos com a situação de que o que fazemos hoje, podendo parecer falta de determinação ou actitude, pode até ser a melhor acção. A conclusão é que... o amanhã, quem sabe o que nos trás?

E isso recordou-me uma história que li em tempos...

Era uma vez um camponês chinês, muito pobre mas sábio, que trabalhava a terra duramente com o seu filho. Um dia o filho disse-lhe:- "Pai, que desgraça, o nosso cavalo fugiu!”
- “Porque lhe chamas desgraça?”,respondeu o pai. “Veremos o que nos traz o tempo.”

Passados alguns dias o cavalo regressou acompanhado de uma linda égua selvajem.
- “Pai, que sorte!”, exclamou o rapaz. “O nosso cavalo trouxe outro cavalo.”
- “Porque lhe chamas desgraça?”,respondeu o pai. “Veremos o que nos traz o tempo.”

Uns dias mais tarde, o rapaz quiz montar o cavalo novo mas este, não acostumado à sela, encabritou-se e deitou-o ao chão. Na queda, o rapaz partiu uma perna.
- “Pai, que desgraça! Parti a perna.”
O pai, retomando a sua experiência e sabedoria, disse:
- “Porque lhe chamas desgraça? Veremos o que nos traz o tempo.”

O rapaz não se convencia da filosofia do pai. Poucos dias depois passaram pela aldeia os enviados do rei à procura de jovens para levar para a guerra. Foram a casa do ancião, viram o jovem debilitado e deixaram-no, seguindo o seu caminho.

O jovem compreendeu então que nunca se deve dar nem a desgraça nem a fortuna como absolutas mas que, para se saber se algo é mau ou bom, á necessário dar tempo ao tempo,.
Ou seja, a vida dá tantas voltas e é tão paradoxal no seu decorrer, que tanto o mau pode vir a ser bom, como o bom pode vir a ser mau.

Contudo... parar e esperar para ver também não e solução. O importante é seguirmos em consciência de que estamos de acordo com o que sentimos, e que nos sentimos bem e confortáveis com as decisões que tomamos hoje. Amanhã... será outro dia...

Friday, November 6, 2009

Coisas de crescidos...

Em conversa com o L, soube que só tinha trabalhado 2 horas hoje, porque teve de ficar em casa a fazer companhia à filha. A filha estava constipada e por isso não podia ir à escola. A mãe teve de ir trabalhar, e calhou ao pai ficar em casa.

Eu... estive constipado também nestes últimos 4 dias.
Gostava de ter ficado em casa, com a companhia da T, já que estando doente precisava de acompanhamento. :P
Mas estes adultos acham que já sou crescidinho demais para essas benesses...



São as inconveniências de crescer...
:(


...se bem que há casos em que prefiro manter o direito de opção!!!
:/

Saturday, June 20, 2009

Coisas de putos...


ele: oh, mãe! [tom de voz de desanimo e indignação] Porque é que eu tenho de ser o mais pequeno?

mãe: [tom de voz grave e determinado] Queres-te ver ao espelho???


;)

Sunday, June 7, 2009

Números

Os números são engraçados, cheios de significados e cheios de nada. São números, números que podem explicar muita coisa. São simbolos de unidades, medidas, tempo, e de tantas outras coisas que nem sei por onde seguir.

São números que usamos para nos situarmos, para nos identificarmos, para celebrarmos, para lembrarmos, para... tudo o que temos e fazemos.

Números... são marcas!

Usamos para identificar passagens no tempo, por exemplo, como este duzentos e vinte. Usamos para celebrar aniversários. Usamos para marcar encontros. Usamos para medirmos o nosso sucesso. Usamos para avaliarmos o nosso espólio.

Os números são importantes, tal como as palavras, porque nos permitem comunicar.
Mas chego a pensar que damos demasiada importância aos números. Temos de ser o número um, temos de ter números grandes na conta bancária, temos de ganhar números grandes, temos de produzir números ainda maiores e cada vez maiores, temos de ter números de coisas, de muitas coisas, temos de contar e contar e contar a vida toda, e no meio e tantos números e tantas medidas e tanto crescimento de números impessoais, números que são importantes, perdemo-nos no verdadeiro sentido dos números.

Que importa se o aniversário calha num ou noutro número... num ou noutro dia... que importa se tenho 100 ou 100.000.000 na conta bancária, apesar de me dar muito jeito este número maior, que importa se sou o número 1 ou o número 10 no emprego, até porque isso depende cada vez mais da política suja e subjectividade dos interesses de quem tem poder e menos do verdadeiro valor de cada um, que importa produzir mais se nem precisamos de tanto, que importa?

Importa que sou o que sou e que me aceito assim mesmo, que faço por aprender e evoluír e ser melhor, não para ser o número um, mas para ser melhor no que faço e para ser melhor no que sinto e para me sentir melhor no meu papel como pessoa e como membro de uma sociedade de pessoas interessantes e amigas e amorosas e que não tém medo de viver o que sentem.

Importa que, sendo o número um ou o número dez, contribuo como os restantes da melhor forma que posso para um objectivo comum, com sentido e propósito, e que cada um contribui da sua melhor forma para esse mesmo objectivo, e que todos juntos podemos fazer algo de muito positivo, que faça diferença e que tenha muito valor pessoal.

Números... são números que podem explicar tanta coisa. Mas como tudo o resto, o importante está no que sentimos e na forma como os vivemos. Os números sem sentido... não tém qualquer valor.

Friday, May 22, 2009

O Último Chamamento


Vezes sem conta nos queixamos dos infortúnios, sejam eles quais forem. Pseudo-rebeliamo-nos contra todas as injustiças e tiranias com que nos deparamos no dia-a-dia, algumas das quais nos tocam profundamente no âmago com provocações sarcásticas e atrozes, deixando para trás cicatrizes irregulares, que se reabrem em fétidas feridas pungentes, cuja solução última não é mais senão o corte radical da gangrena que nos infecta sem dó.

No meio do queixume ensurdecedor, qual muro das lamentações de exacerbadas práticas, eis que há um ser que se levanta e se debate heroicamente contra o estoicismo e a prepotência altiva das elites, com nobre pretenção do bem colectivo, da justiça cega e maternal, como quem sempre ama o próximo e perdoa os faltosos, mas se mantem firme nos seus principios.

Esse ser, solitário errante por desconcertantes caminhos replectos de ciladas escondidas, ergue a sua voz, como quem chama por nós e nos ordena " caminhai, pois o caminho da luz te levará à liberdade e ao paraíso". O seu chamamento inconsequente faz lembrar a última águia real do Parque Nacional Peneda-Gerês, que indiferente à sua solidão, ou talvez num estado de negação, daquele que sabe mas não sabe, que é a recusa consciente para perceber o facto perturbador, que retira do seu ser não só a percepção necessária para lidar com os desafios externos, mas também a capacidade de valer-se de estratégias de sobrevivência adequadas, continua com atitude heróica ou estúpida teimosia a ecoar por vales e montes o chamamento do seu par, do seu parceiro de vida, com quem prosseguirá a continuidade da espécie, com quem atravessará o vale da morte e consiga a salvação única, o remedeio de todos os nossos males, a nossa sã sobrevivência.

Tal não existe. A sobrevivência, ou antes, a vivência da vida que é bela e com sentido de ser, depende unicamente de cada um de nós, de cada um dos nossos seres mais íntimos, do que buscamos na vida e procuramos em nós próprios. Olhamos o exterior e apontamos o dedo, afirmando com a certeza de inquisidores que lançam bruxas na fogueira da morte, que a culpa lá está, exterior aos nossos poderes e raios de acção. Esquecemo-nos, porém, que a felicidade suprema, o prometido paraíso, não é uma falácia de Deus, mas um erro dos homens, que teimam em olhar para fora quando deviam olhar para dentro.

Em nós se encontra a chave, a última fronteira inexplorada, o último chamamento, ao qual continuamente recusamos resposta, deixando-nos sós, solitários, abandonados, e eternamente descontentes, queixosos da nossa má sorte, dos erros dos outros, dos abusadores, dos poderes instalados, da infelicidade que somos e tanto adoramos.

A felicidade não é mais que a simples vivência dos sentidos, dos sentimentos, das coisas simples, mas acima de tudo, do que nós somos e do conhecimento que desenvolvemos de nós mesmos, e nos aceitarmos e vivermos cada dia pelo que o dia nos trás hoje, e não pelo que nos pode dar amanhã.

Se hoje terminasse, que triste tería sido o meu caminho: curto, pobre, vazio. Mas nesta curta vida que é a nossa existência neste universo que já se diz com fim, basta um dia, uma consciência mais profunda, para que tudo o resto faça sentido e ganhe um novo alento. Bastaram alguns dias, que perfizeram poucos meses, para tomar consciência do que sou e do que realmente preciso para viver. Se hoje terminasse, teria tido um caminho curto, pobre e vazio, mas com um fim radioso e cheio de sentido, que compensaria uma eternidade de todo o percurso anterior.

O último chamamento veio de dentro para dentro, e a resposta fez-se soar viva e arrebatadora, merecedora de exclamações de aplauso, e o resultado ultrapassou os limites físicos do ser, construíndo estruturas cristalinas de relações saudáveis e duradouras.

Não terminando hoje, há ainda um longo caminho por percorrer. Nesse caminho há ainda muito por onde resvalar, mas muito mais por onde fortalecer e crescer. A felicidade não é algo que dependa do exterior. Já cá está, sempre cá esteve. E hoje, ao vivê-la de forma tão livre e espontânea, encontro o que sempre procurei sem encontrar. Afortunados aqueles que encontraram sem procurar, ou tristes por não saberem o valor do seu achado.

Thursday, May 7, 2009

Fui desafiado... agarrem-se!!!!!




Há dias... na verdade foi há mais de um mês... fui desafiado pela Najla para descrever os meus 7 truques de beleza.

Hum.... eu, truques de beleza.... pois!



Ok! Ok!
Como não gosto de deixar um desafio destes por cumprir... aqui vão os meus... truques (pois)... de beleza.
Mas antes de mais... beleza?




ai ai... estou feito... é que um gajo belo como eu, qual Adônis perdidamente apaixonado por Afrodite, tipo Narciso na sua auto-contemplação, não desvenda assim tão facil e gratuitamente os seus 7 truques fantásticos de beleza... nã nã... que esses são secretos e não se podem divugar assim sem mais nem menos....
...que será depois da minha beleza? Já viram?... passaria a ser banal, ao ponto de deixar de causar torcicolos nos pescoços das fêmeas por quem me cruzo nas ruas deste mundo todos os dias (ou quase)...





Mas como, apesar de tudo, até sou um tipo simpático que gosta de partilhar a sua vasta sabedoria... aqui vai...



1. corto o meu próprio cabelo... assim garanto que não há mais nenhum igual (com o extremo jeitinho de artista que tenho)...

2. não faço a barba... aparo-a, bem rentinho à pele para deixar aquele look de barba por fazer de há... umas horitas... meio rebelde...

3. geralmentre como o que me apetece e quando me apetece, o que me dá esta forma atlética e enxuta... complementada pelo meu vasto leque de exercícios físicos para me manter em forma...

4. não uso produtos de beleza, nem perfumes, nem cremes xpto, nem banhos disto ou daquilo, nem esfoliantes, nem depilo o corpo... assim garanto que a minha forma natural de exímia qualidade brote por todos os meus poros...

5. uso um creme hidratante muito básico quando necessário... em qualquer parte do corpo que dela necessite....

6. na verdade, até que tiro uns pelos aqui e ali, coisa pessoal e que só é passível de ser visto e apreciado por alguém muito especial...

7. nenhuma das anteriores, ou talvez todas elas... mas esta é a única que verdadeiramente importa - estar apaixonado e viver essa paixão todos os dias!



...espero ter sido elucidativo.

Caso tenham alguma dúvida ou necessitem de alguma explicação adicional... estou ao dispor para qualquer esclarecimento.
:D

Tuesday, May 5, 2009

Kamikaze radical...

Já viram o piercing da minha rata?
:D



Nota
: tem as duas orelhas furadas, resultado de uma grande briga com o falecido Houdini.

Sunday, May 3, 2009

Kamikaze... a minha rata...


Eu: Kamikaze...
Kamikaze: Sim?...Eu: Olha... sabes que só agora descobri que afinal és rata? Sempre pensei que fosses um rato...



[algum tempo de assimilação da inesperada descoberta]




Kamikaze: [no comments!]

Friday, May 1, 2009

Quanto tempo...

Quanto tempo precisamos para nos sentirmos satisfeitos pela presença daqueles que amamos?
Quanto tempo será necessário para que se gere aquela sensação de satisfação plena, a agradável sensação de realização...

Há momentos em que apenas alguns minutos bastam para termos a sensação de satisfação. Não é que não preferissimos continuar na cpmpanhia daquela pessoa de quem tanto gostamos, mas algo naqueles breves momentos foi suficiente para nos fazer aguentar o resto do dia sem a sua companhia. Outros momentos há em que nem duas, nem três, nem seis horas bastam... Há sempre algo que falta, um ponto inatingível, que nos deixa quanto baste insatisfeitos e na ânsia de mais um pouco, mais um minuto, o mais de qualquer coisa que não conseguimos bem atingir nem sequer identificar. E sentimo-nos assim, insatisfeios, frustados por algo que nos falta mas nem sabemos o quê, algo que não fluiu como precisávamos. Sentimos aquele pequeno vazio que não conseguimos preencher, mas que quase estivemos lá, quase nos encheu de alegria e felicidade. Algo que nos escapa.

Por vezes, damos tanta importância a certos pseudo-pormenores que nem nos apercebemos que somos nós próprios que bloqueamos o espaço vazio, que lhe vedamos o acesso, e assim evitamos que ele possa ser preenchido. Não reparamos que, na ânsia de buscarmos algo que nos falta ou precisamos, nem cuidamos do momento que vivemos, não o vivemos plenamente e harmoniosamente, e dessa forma nunca nos sentiremos satisfeitos pelo breve mas gostoso contacto.

A sofreguidão de conseguirmos um dado sentimento, o anelo que por vezes se apodera de nós, é muitas vezes inimiga da plenitude com que podemos gozar um breve momento, deixa-nos escapar o mais importante, a essência do momento, da pessoa com quem estamos.

Quanto tempo precisamos para nos sentirmos satisfeitos pela presença daqueles que amamos?
Quanto tempo será necessário para que se gere aquela sensação de satisfação plena, a agradável sensação de realização...
...nenhum!

Nem todo o tempo do mundo bastará se não o vivermos plenamente.
Nenhum tempo específico, pois esse tempo é relativo e depende inteiramente de como vivemos a presença de quem amamos. E por vezes, basta aquele olhar de um segundo, aquele pequeno e breve contacto inaudível, para nos sentirmos no auge do contacto mais íntimo, embrenhados na pessoa que nos acompanha, envolvidos no mesmo universo, na mesma partilha, no mesmo corpo...
...no mesmo sentimento.

Tuesday, April 21, 2009

Por vezes há momentos...

Por vezes há momentos em que olhamos uma frase sem a conseguirmos absorver. As palavras entram, são lidas em modo automático, a velocidade de cruzeiro, e desaparecem tão natuyralmente como entraram, sem deixar rasto nem sinal. Relemos a frase, palavra a palavra fazendo de cada vez um esforço maior para entendermos o sentido, mas as palavras entram mudas e saem caladas, e nada fica no espaço que possamos usar para lhes darmos sentido. se ao menos um cheiro, uma ligeira fragância que fosse, um simples risco ou um mero sinal de luz que nos induzisse algum pensamento mais lógico e desenvolvesse o sentido da frase. Mas nada. Elas entram, passeiam-se brevemente nos circuitos cerebrais como se se tratasse de um descontraído passeio de Domingo à beira mar, ou num campo de prados verdes ao som da brisa e dos pássaros que passam, e nada deixam para trás. Nem sinal de vida, nem marca por mais indelével que fosse.

Por vezes há momenros em que tentamos mudar o sentido do que não vemos, daquilo que queremos mas o corpo não sente. As pálpebras descaem criando uma cortina escura mas tão apetecível e reconfortante. E ao forçarmos a entrada de luz, deixando a porta aberta para que as desejadas palavras nos entrem na alma e nos falem de si, sentimos o peso do corpo a abalar-nos a vontade, o querer saber mais, aprender mais, ou simplesmente despachar um trabalho. O peso torna-se insuportável. Perante a impossibilidade de gerir o esforço e tornar útil o tempo, sentimo-nos frustados, fracos, vencidos pelo cansaço, pelo corpo que pede o descanso que lhe negamos, ou simplesmente pela detestável preguiça. Lutamos incansáveis pelo sentido das palavras, por esse significado evidente e oculto, que nos impele a tentar uma e outra vez, pesando-nos cada vez mais a dor do esforço mental, em que as frágeis pálpebras se tornam bigornas, e o querer saber mais, aquela vontade de entender e fazer algo que queremos e precisamos, não passa de um Golias prostado na lama após dura mas fracassada batalha.

Por vezes há momentos em que lutamos derrotados. Seja pelo cansaço ou pelo simples hábito perdido no tempo, ou na indesejada mas tão saborosa preguiça, lutamos contra algo que por vezes é tão mais forte que nós e que nos derrota vergonhosamente. Dizemos que não, que somos mais fortes, e que a vontade supera tudo. Mas enganamo-nos redondamente. Debatemo-nos por ideiais e vontades que provavelmente nem existem no nosso íntimo. Esforçamo-nos por objectivos sem sentido, e gastamos toda uma vida em actividades esforçadas e de sacrificios para nada. O corpo sabe muito, sabe exactamente o que quer e precisa. A mente sabe o que quer e onde pode chegar. E nós só temos de nos esforçar por ouvir e entender o que precisamos fazer e quando o fazer. De nada nos vale lutar e sacrificar energias nesses momentos, em que esse esforço será inglório, e só nos fará perder a oportunidade de recuperar forças para a batalha seguinte. Há batalhas que não valem a pena lutar. Há batalhas perdidas, em que mais vale ficar quieto, e gozar do descanso ou da preguiça golosa. Renovem-se as forças e fortaleça-se a vontade, o querer, e logo as palavras passarão sorridentes, assinando o livro de visitas, e tudo fará sentido de novo. por vezes descobrimos que apenas o que falta é mudar a nossa perspectiva, ou a nossa mentalidade. As batalhas passam a ser ganhas, deixa de haver suor perdido, somos recompensados pelo esforço, e o corpo encontra o seu lugar certo, a mente desenvolve as suas ideias, e o trabalho resulta no sucesso desejado...
...e merecido.

Sunday, April 5, 2009

Olhos no Horizonte

Não tendo mais o mar como pano de fundo da minha antiga varanda, passo a inspirar o meu olhar nos montes lá longe que se intrometem entre a minha vista e a linha do horizonte, e que ocultam o derradeiro raio de luz neste fim de dia.

Olho esses montes, e pergunto-me como será transpô-los num salto, o que encontrarei para além deles. Não é difícil descobrir, difícil é fazê-lo num salto. Mas pondo-me a caminho encontro gentes e aldeias, culturas várias e fábricas variadas, casas em ruínas e abandonadas e novas casas que albergam famílias e solitários seres que caminham por este mundo.

Vejo nalgumas caras o espelho da alegria de um dia bem passado, assim como as esperança pelos dias que aí vêm, mas em muitas outras a expressão da indiferença de mais um dia como qualquer outro que passou e de todos os que hão-de vir, ou o dissabor de tempo passados e o descrédito pelos dias que se avizinham.

Vejo as crianças a correr na brincadeira alheias às crises que se anunciam, e os adultos em conversas de grupos às portas de casa ou do café central. À passagem olham curiosos, como quem tenta descortinar quem é o desconhecido que por ali passa, para logo depois voltarem à sua conversa do dia.

Vejo campos de cultivo e campos abandonados. Vejo os pássaros em bandos e as flores a virarem-se na direcção do vento, formando ondas de cores ao longo dos prados.

Vejo muito abandono e descuido pelas terras, algum mau gosto em muitas das casas, algum lixo abandonado nas ruas e ruínas que resultam do desleixo. Vejo pobreza, umas de carteira e outras de espírito. Vejo descontentamento e falta de esperança, e pressinto a falta de vontade de viver em tantas expressões vazias que vislumbro. Mas olhando com mais atenção, vejo mais verdade e sobriedade que na cidade grande, vejo mais calor humano e harmonia, e a alegria que vejo parece-me tão mais consciente e sincera que os múltiplos sorrisos amarelos e risos estridentes e vazios que sinto tantas vezes nas multidões citadinas.

Olho para aqueles montes lá longe, e relembro os campos, as gentes e o tempo que nos dão para um dedo de conversa sem pressas. Sinto a alegria da partilha dos pequenos momentos, e o sabor e o cheiro das coisas da terra.

Alguns dizem que o campo é um pasmo, um atraso de vida, ignorância concentrada e colecção de mexericos e mal dizer. Sim, existe, e nalguns casos até bastante. Mas o que dizer da indiferença das cidades, das correrias desnecessárias, da ignorância das verdadeiras coisas, da felicidade superficial e sem sentido, das vidas vazias e de falsas aparências, do anonimato de toda uma multidão, da falta de tempo para uma palavra amiga, e até da falta de verdadeiros amigos?

Há de bom e de mau em todo o lado, cidades e campos. Há verdadeiros amigos e momentos de felicidade em qualquer local. Só temos de estar atentos, respeitar cada lugar no seu natural estado de alma, e tirar o melhor partido das suas qualidades. Viver o que temos, que é o melhor que há.

E no momento, até àqueles montes lá longe, campos repletos de mato e cultivos de vinha, árvores de fruto e prados de flores, com pequenos aglomerados de luzes de casas habitadas nas entrelinhas dos horizontes, são o melhor que saboreio e respiro deste meu jardim com esta vista larga e deslumbrante, até onde o céu se esconde lá longe correndo atrás do sol e deixando um rasto de pequenas estrelas salpicando o profundo azul.

Tuesday, March 31, 2009

A Mentira da Verdade


A realidade tem muitas faces, muitas caras, muitas perspectivas diferentes. De cada ponto de onde nos encontramos e contemplamos o que à nossa frente se evidencia, vemos distintas realidades, que mudam a nossa forma de ser, de reagir e de estar. E assim, falamos da mesma realidade, mas com distintas interpretações, o que nos leva invariavelmente às discussões de opinião, às discórdias, ao escárnio e ao mal dizer. Mas também ao enriquecimento do conhecimento, à evolução do ser, e à solidificação das bases de entendimento. Tudo dependerá de cada um de nós, e da consciência que temos e fazemos das nossas sociedades (sentido lato ou restrito).

No seio destas realidades, e das ilusões de realidades, surgem as tramas, as injúrias, as invejas, a contra-informação, as lutas de poder, as associações e alianças, a busca da verdade suprema e absoluta, a honra e a sua defesa, a moral e bons costumes, a honestidade, a mentira. Ao de cima vêm as nossas melhores ou piores qualidades, consoante aquelas a que damos mais valor e do carácter de cada um.

As verdades desmultiplicam-se à velocidade em que as nossas sociedades se movem, e ganham a força da sua maioria e das massas que nelas são empregues num empenho sem fim nem medida. As nossas culturas moldam-se às realidades assumidas ou impostas, os nossos hábitos cedem e adaptam-se. Os nossos ritmos e objectivos de vida ganham renovadas faces. Deixamos de olhar com os mesmos olhos de crianças, e passamos a olhar com olhos adultos e responsáveis cuja realidade que à sua frente se estende é de um caminho sério e pomposo.

E no fim de contas, o que acabamos por ter é uma realidade de múltiplas dimensões, vista de prismas diferentes, e que nos releva uma distorcida verdade – a mentira. Não se trata da mentira consciente, daquela que elaboramos cuidada e meticulosamente com vista à concretização de algum objectivo mais ou menos nobre. Sim, podem existir motivos nobres por detrás de uma mentira. Mas aquela mentira que é verdade, aquela em que acreditamos genuinamente, com todas as nossas forças e crenças, mas que afinal, se revela, mais ou menos tarde, por ser uma mentira.

Há momentos em que o nevoeiro se esfuma, em que mudamos de lugar, de perspectiva, e que tomamos conhecimento de algo mais forte dentro de nós e dos outros, algo suprimido e recalcado ao longo do tempo, e aí se revelará a mentira da verdade em que vivemos durante tanto tempo. O equívoco supremo, a verdade nua e crua despida das suas vestes imaculadas para se revelar no que realmente é – suja, feia, fria, sem qualquer graça nem sentido, dissimulada nas mais prazenteiras demonstrações de verdade incontestável.

O que era verdade passa a ser mentira, os valores mais que absolutos não passam de tristes passagens da nossa história, e a nossa vida passa a ter um sentido completamente diferente.

A mentira da verdade leva-nos ao estado de admiração e indignação pela sua óbvia e natural realidade, e posteriormente a uma serenidade e harmonia pela descoberta de uma nova verdade oculta. Mas até quando?

Saturday, March 28, 2009

Kamikaze - A Ilusão da Fama

Kamikaze: Olhem... estou no grande ecrãn! Sou famoso!!!!


Kamikaze: Hoooooooooooooohooooooooooooooooooooooooo!!!

Kamikaze: Schmack!


Kamikaze...
...o meu outro hamster,
referido no post "Houdini" de 25 de Fevereiro de 2009

Wednesday, March 25, 2009

Passeios... mas por perto

Não! Não pensem que vos vou descrever um passeio magnífico repleto de paisagens deslumbrantes, sitios exóticos e culturas desconhecidas.
Infelizmente, não se trata nada disso...

Finalmente, dei uso à mminha "nova" bicicleta comprada no passado mês...
...de Outubro de 2008!

Sim...já lá vão 5 meses desde que a comprei.
Uma bicla BTT, à maneira, com equipamento em condições mais acessórios como luvas (oferta de colegas), capacete, material para manutenção, etc...

Fiz um circuito de 30 Km (circuito básico, diziam eles :S) onde terminei mais morto que vivo. Pois... é assim, uma pessoa pára anos a fio e depois não se aguenta nas canelas!!!

Pois é, mais volta menos volta, acabei por encostá-la os restantes meses até hoje. Na semana passada troquei a corrente e dei uma afinadela (ou seja, paguei a quem a fizesse que eu não sou entendido na matéria) tal não era o estado da coitada por estar parada. A corrente.... bem.... quase partida da ferrugem!

Hoje dei uma volta de 10,5 Km.
Sim... foi calminho. Aproveitei para conhecer um pouco mais as redondezas da minha nova localização habitacional. Muito giro. Muito campo, muitos prados verdes com flores amarelas, muitos pinheiros e outras árvores cujo nome desconheço. Muitos coelhos bravos. Muitos pássaros diferentes, lagos, riachos, campos de golf, moínhos, aldeias, igrejas, muita vinha aqui e ali, plantações diversas...
...e um silêncio só rasgado pelos sons da natureza com uma ou outra intromissão pontual humana (alguém a falar com a vizinha, um camponês a saír da taberna com um último "até mái logo", uma ou outra viatura muito rara...).

Escusado será dizer que fui parando pelo caminho, tirei umas fotos e apreciei o descanso.


Apesar de tudo cheguei cansado, tal não está o meu estado físico.
Vou ter de repetir a dose mais vezes, com mais atino pelo físico, complementado por umas idas ao ginásio.

Mas antes de mais...
...deixem-me gozar de uma geladinha aqui no jardim enquanto recobro forças e contemplo o pôr do sol lá longe...por detrás de um monte com uma vinha rodeada de intenso agrupamento de árvores...


hum..... bem geladinha.....

Andar torto por linhas direitas...

Este país anda torto, por linhas certas. É o que digo.
Inebriados? Talvez.... adormecidos!

Com tanta burocracia (apesar das melhorias já verificadas), da falta de justiça, da educação mediocre, do dinheiro esbanjado sem qualquer travão, da saúde que anda pela morte (apesar de ter melhorado, mas muito pouco), dos investimentos sem nexo, das derrapagens vertiginosas, dos reinados e quintinhas, ....de tanta coisinha má, ainda cá estamos firmes e hirtos que nem barras de ferro (com alguma ferrugem e muita amolgadela, é certo).

Não... este país, esta gente, a nossa cultura tem coisas fantásticas, belas e únicas. Cada um que defenda o seu. Portugal continua a ser e sempre será o meu canto, a minha origem, a minha raíz, para onde sempre voltarei e com muito orgulho.

Mas não posso deixar de me sentir traído, desmotivado, zangado, enraivecido, pela forma como os diversos governos (centrais e locaios) gerem o seu capital, os seus recursos, as suas valias, e desprezam as suas maiores qualidades. Não posso deixar de me sentir inquieto quando vejo empresas a tirar proveito de tanta falta de justiça, de tanta falta de fiscalização. Não posso deixar de me sentir triste e sem esperança com tanta falta de brio profissional.... em todas as áreas privadas ou públicas.

Como posso ficar impávido e sereno quando vejo empresas a descurar descaradamente os seus clientes e a tirar partido das suas fraquezas?
Fazemos o quê? Queixa?

Pois bem!
Faça-se queixa.
À justiça? não compensa, para além de entupida o resultado financeiro ao fim de 3 ou 5 anos de tribunais seria desastroso, e a maioria de nós não ganha propriamente para processos de 50 ou 100 euros.
À DECO? é uma possibilidade. Mas eles podem mudar leis e estatutos de empresas? Não!
Ao Estado? AH AH AH AH AH AH AH

A Segurança Social não funciona. As normas e programas que dizem ter implementado para melhorar a capacidade e qualidade de resposta, aligeirar os processos e dar apoio social são uma fraude. E quando se pede uma informação a resposta é "não sei" ou "veja na net" ou "boa sorte". Quem sabe? É que na net.... niente!
E os serviços acabam por ter de ser complementados e suportados pelos próprios beneficiários, é que os descontos nos salários para a Segurança Social são para os carros pomposos e suporte das estruturas, nada mais...

As empresas monopolistas de gás cobram o que querem.... que alternativas existem? Não há concorrência... certo?
Então para se mudar um contrato de um titular para outro paga-se mais de 50 Euros para estabelecer uma ligaçao que já existe e se encontra em funcionamento??
Mais de 50 Euros? Vão ligar o quê?
E depois há uma inspecção....a ligação é nova e já tinha sido inspeccionada e aprovada!!!!

As empresas de serviços de ADSL tentam a todo o custo ganhar o máximo por meios ilícitos, com deficientes serviços, linhas telefónicas de suporte ao cliente que foram criadas para facturar ao minuto valores astronómicos, velocidades de navegação inexistentes mas que só se descobre depois de se assinar o contrato porque antes ninguém sabe e garantem o que vendem.

Fazem-se buracos nos passeios para concerto de canalizações ou telecomunicações. E lá fica o buraco por tapar semanas a fio. ok! Para assentar terra com as chuvas. Tantas semanas?? E depois quando finalmente montam tudo, montam os empedrados ao contrário, deformando os desenhos anteriormente projectados no passeio. É que nem um tampo de um esgoto sabem por direito.

E as estradas sem passeios perto de escolas e paragens de autocarro? E depois falam de prevenção rodoviaria...
....é suposto as pessoas voarem das paragens para casa??? E as crianças, que segurança têm nesses casos?

Montam-se pinos de divisória entre estradas e passeios, para evitar estacionamentos indevidos, que mais parecem espetos apontados ao céu, à espera que alguém tropece e lhes caia em cima. Mas ninguém pensa isto?

Investem-se milhões num TGV, mas e a educação? E a justiça? Não seriam esses dois polos mais lucrativos a médio e longo prazo? Depois já podiamos ter o nosso TGV.
Mas não.... incultos e sem formação especializada, a justiça é só para alguns, mas o TGV já cá canta!

Exemplos banais, face a outros tão mais importantes e graves.

Com níveis de produtividade baixissimos, baixos salários, custo de vida elevadíssimo, sistema de educação que mete dó, transportes insoficientes, justiça que mal funciona, policiamento deficitário, saúde de rastos, apoio social inexistente... e ainda cá estamos, firmes e hirtos, se bem que bastante amolgados e um pouco ferrugentos.

Onde vamos parar?
Ao mesmo de sempre... sobrevivemos orgulhosos de nós mesmos, dizendo mal de tudo e todos, mas sorrindo a cada hora que passa, e celebrando cada novo ano com renovada esperança.

Pronto!
Há bons exemplos. Há sim!
Há excelentes profissionais em várias áreas, ou melhor, em todas elas, e conheço bastantes.
Mas por qualquer razão parecem ser a minoria, ou então não têm a força suficiente para mudar o resto "da turma".

Sinto-me impotente por sentir que pouco ou nada posso fazer. Faço a minha parte, mas o impacto é tão nulo... ou sou eu que não lhe sinto o cheiro?
Faço trabalhos mas muitas vezes na direcção errada, porque foi essa a direcção que me traçaram. É só um emprego, um ganha-pão... mas não será com este pensamento que permitimos que as coisas assim permaneçam? Incoerentes, sem sentido?

Arregaçamos mangas e procuramos outra revolução?
Fora de moda, fora de tempo, fora de tudo, e é maior o prejuízo que o proveito.

Não vejo saída, senão uma demasiado lenta, se é que esta saída virá. Presumo que daqui a 50 anos nos estejamos a queixar exactamente do mesmo.

Saír do país sempre me pareceu uma solução lucrativa. Emigrar para um país organizado, com bom nível de vida.... só não será o meu país, e não terá as minhas raízes.
E será que isso é fugir?
Não enfrentar as dificuldades e tentar melhorar o nosso estado d'alma será a solução?

Não sei!
Mas que estou cansado de toda esta desorganização, pela falta de respeito pelas pessoas e pelos seus direitos, pela falta de responsabilidade, pela falta de brio e empenho, pela falta de coerencia, pela falta de atitude...
...e falando de atitude, qual será a minha?

Um dia li na porta de um director, colocado por graça:

"Teoria é quando tudo se sabe mas nada funciona.
Prática é quando tudo funciona mas ninguém sabe porquê.
Aqui a teoria e a prática andam de mãos dadas, nada funciona e ninguém sabe porquê!"


...mas sobrevivemos!

Tuesday, March 24, 2009

Banalidades...




...de tanto assunto para escrever e discutir, o que me vai cair mesmo bem daqui a pouco é o risotto de legumes e abacate que estou a preparar (cozido na água de cozer os legumes), muito simples e acabadinho de inventar, que me vou servir com orégãos e salsa picada e umas raspas de parmesão (porque sou louco por queijo, e adoro o parmesão, e acho que liga bem), e não esquecendo a pimenta acabada de moer...


[momento risotto de legumes com parmesão]


...cheirinho...




volto mais logo...
...volte também!
;)

Tuesday, March 3, 2009

Como Água para Chocolate


Existe um livro, excepcional por sinal, chamado “Como Água para Chocolate”, da escritora Laura Esquível. É um livro que relata a vida de uma rapariga de uma aldeia mexicana, dos hábitos locais e da respectiva cultura. O livro encontra-se dividido em 12 capítulos, cada um alusivo a um mês do ano, cada mês com uma receita diferente.... e que receitas...
:D


Mas porquê este título?

Quando li o livro (já lá vão uns anos) não entendi o sentido do título com a história que se desenrolava, até que decidi procurar uma entrevista à autora, em que esta explica o respectivo sentido. Parece que os Aztecas não usavam leite para fazer chocolate - usavam água. O cacau era misturado na água quente no momento imediatamente anterior ao seu estado de ebulição, de modo a obter-se uma mistura liquida e cremosa com aromas e sabores “mágicos”. Naturalmente os Aztecas misturavam mais ingredientes, mas isso agora não interessa ao propósito deste post.

E então sim, lendo o livro o título passou a fazer todo o sentido.

“Como Água para Chocolate” é uma expressão mexicana para descrever o estado de espírito de alguém prestes a entrar em extrema ruptura, em exaltação exacerbada, em revolta violenta, ...enfim, o momento exacto antes de lhe saltar a tampa!



Hoje, estou como água para chocolate.

O dia de hoje não me começou cinzento, embora começasse um pouco cedo. Não acordei especialmente cansado, nem me deu aquela sensação de falta de vontade de sair daquela cama que me agarra as pernas e me reconforta o corpo. Nem me senti como um gato preguiçoso, aconchegado no seu leito, e que de repente alguém o puxasse cá para fora, para o frio, vento e chuva, ou lhe desse com um grande balde de água gelada (sem esquecer os cubos de gelo).
Não...nada disso!

Piurço, furioso, enraivecido, e desiludido mais uma vez com a falta de profissionalismo e de ética deste país.

Este mundo de negócios é frio, desumano, insensível e desrespeitoso. O mundo público não anda melhor. Vive-se de ilusões, mentiras e enganos. Mais vale parecer que ser. Não importa a honestidade, a verdade, a consideração nem o respeito... apenas o seu próprio umbigo, e a qualquer meio e preço!

É verdade que nada disto é novidade, que nada disto é novo, e que há muito me apercebi desta triste realidade. No entanto, e nos momentos em que sou directamente abatido por ela, não deixo de me sentir, mais uma vez, triste, desiludido....e nalguns momentos, como água para chocolate!

Dá vontade de saír de vez daqui. E por mais que encontre semelhantes situações noutros locais do globo, ao menos que sejam mais organizados e demonstrem um nada mais de brio e profissionalismo... e atitude!

Uma mudança a sério, é o que isto está a precisar.
Ou então…deixar a água ferver e...


Só aguardo o fim deste dia, para que seja semelhante ao da história do livro aqui referido, mas sem as consequencias literalmente escaldantes...

Nota adicional: com um povo e uma cultura tão absolutamente fantásticos, alguma coisa tinha mesmo de ser do contra.

Wednesday, February 25, 2009

Houdini

Hamster Siberiano.
Branco, cinzento e uma fina lista negra.

Foi um dos dois hamsters que escolhi para me fazerem companhia.
Ao príncipio ganhei-lhe aversão. Era arisco, agressivo, rezingão. Rapidamente começou a violentar o parceiro, que para além de bastante ensanguentado ganhou um valente piercing numa das orelhas. Tive de o retirar da gaiola - um T3 gigantesco para dois hamsters, com tubos e roda giratória, casa, água, comida....

Coloquei-o temporariamente numa caixa de sapatos, com comida, água e um refúgio com material para fazer a sua cama. De nada adiantou. Rapidamente conseguiu fazer um buraco para escapar. Apanhei-o a tempo durante a noite, tal não era o barulho de roer o cartão duro da caixa.

Segunda temtativa... coloquei-o num tacho velho em desuso, cuja altura era o dobro dele de pé... e esticado. Mais a comida, água, etc. Pouco durou... de alguma forma misteriosa conseguiu escapar. Andou desaparecido durante 3 dias. Procurei e não encontrei. Nem rasto, nem cagadelas para sinal de vida, nem nada. Nem mesmo com um monte de comida estrategicamente colocada.... nada! A empregada limpou a casa toda, também procurou... e nada!

Convenci-me de que tinha efectivamente escapado. Enfim... também não lhe tinha grande estima. O raio do bicho não parava quieto, era violento, agressivo e rezingão. Se queria desaparecer, pois que fosse feliz. Pronto... fiquei um pouco triste, mas de facto não lhe tinha grande estima. E ao menos assim já não tinha de comprar outra gaiola.

No entanto, ao fim de três dias, eis que ele aparece na sala... anda calmamente meio metro, pára, levanta as patas da frente, olha a toda a volta, cheira o ar, volta a andar calmamente mais meio metro, pára, levanta as patas da frente.... Fui ter com ele, apanhei-o, ou deixou-se apanhar, e nem refilou muito. Coloquei-o de volta no tacho, mas tratei de encontrar uma caixa de cartão com meio metro de altura. Coloquei tudo o que tinha direito, e até uns tubos para ele se entreter. Comeu e bebeu como se não houvesse amanhã. Raio do bicho., estava faminto.

Ganhou nome - Houdini.
Depois ganhou outro... Rezingão. Assim ficou, Houdini Rezingão.
Continuava agressivo, e muito mas mesmo muito rezingão. Tentou inúmeras proezas para escapar, e até conseguiu fazer mais um buraco no cartão grosso... mas desta vez eu andava atento. Um buraco, uma revista de meio centimetro e bem rija a tapar. Uma escalada, mais um obstáculo. E assim por diante.

É engraçado, refilava, mas deixava-se pegar. Ameaçava morder e arranhar, tal não era o barulho ameaçador que produzia e a posição de defesa Aikido, de garras em riste e dentes em posição de ataque. Mas lá se deixava pegar. E uma vez na mão, cheirava e partia à descoberta do braço, ombro, e assim por diante... Não parava quieto. E nunca mordeu.

Dentro da caixa chegava a fazer sapateado. Sim... sapateado! Pronto, não era sapateado, mas punha-se de pé a olhar para mim e batia com as patas de trás no chão alternadamente e tão rápido que o som parecia sapateado, e de vez em quanto ía girando ao mesmo tempo, tipo aquelas bonecas bailarinas das caixinhas de música. Também dava pulos, e por vezes caía enquanto olhava para cima. Cada vez que lhe chegava a mão, refilava, ameaçava, mas deixava-se pegar e logo partia à descoberta do que pudesse. Não parava quieto, na caixa ou na mão. Durante a noite a caixa parecia uma serração.... toda a noite! Roeu revistas e cartões como se fosse vital para viver.

Ganhei-lhe gosto. Afeiçoei-me. Era fantástico, e sentia um orgulho enorme no Houdini. Já planeava a gaiola para ele.

Faleceu hoje, dia 25, às 2:45 da manhã.
Sofreu de prolapso rectal.

Num dia estava optimo. No dia seguinte tinha centimetro e meio de intestino de fora. Preocupado e sem saber do que se tratava, procurei na net. Encontrei inúmeros casos, quase todos fatais. O Houdini mal reagia, nem refilava. Deixava-se estar quieto, enrolado em si no centro da cama que ele próprio tinha preparado num local diferente daquele que eu lhe tinha destinado - o bicho era mesmo do contra!

Procurei mais informação, mas a esperança era curta, e o fim mais provavel era uma eutanásia. Mesmo em caso de sucesso de uma cirurgia, a recuperação não era garantida num caso tão avançado. E ainda teria de aguardar meio dia para ser assistido. A maioria dos sites adiantavam poucas horas e vida sem tratamento, e uma semana ou duas em caso de cirurgia. Raros eram os casos de sucesso.

Depois de muito pensar e analisar, tomei a decisão de acabar com o sofrimento. Uma dose de alcool e um Aspergic 1000 dados a custo deram conta do recado. Foi engolindo e perecendo, até que deixou de bater o coração.

Éra um hamster. Apenas isso. Um rato!
Nada de mais.
A principio custou-me o sofrimento do bicho e a perda do Houdini. Mas no fim, doeu-me a forma como sofreu, a resistência ao cocktail e o ultimo movimento que lhe senti. Fiquei triste, e observei-o durante alguns minutos. Quis ter a certeza de que estava mesmo morto. Não podia correr o risco de estar somente inconsciente. Passados longos minutos estava oficializada a morte. Limpei-o dos restos do cocktail dentro de água, e assim mais uma vez garanti que não respirava.

Sentimentalismos, mas que fazer?
Somos assim mesmo...

Dos dois, resta o Kamikaze. O outro hamster siberiano. Mas desse falarei noutra altura, e espero que por motivos diferentes.

Sunday, February 22, 2009

Evolução da espécie?

Há dias discutia sobre a evolução do ser humano, e de como estavamos a mudar nestes últimos anos.

Alguém muito próximo e já com bastante experiência de vida me dizia que a tendencia da humanidade era cada vez mais espiritual para uns, e mais humanitária para outros, sendo que na globalidade isso se estava a demonstrar de tal forma marcante que se tornava uma tendencia natural da humanidade no seu todo, e de que dentro de algumas décadas o nosso modo de vida social seria totalmente diferente - mais humano, mais sentido.

Neste ponto, posso ser considerado de pessimista, mas creio-me apenas realista e, nalguns aspectos, até mesmo optimista...

Não creio que a humanidade esteja a evoluir. É verdade que olhamos os eventos que nos rodeiam com outros olhos, que temos cada vez mais explicações científicas para o que nos rodeia, e também para a nossa própria maneira de ser e de funcionar. É verdade que nos conhecemos melhor e que mais facilmente conseguimos controlar as nossas reacções. É verdade que a nossa evolução científica e tecnológica está cada vez mais audaz... É verdade que, nalguns aspectos, evoluímos extraordinariamente rápido, principalmente no último centenário.

É verdade que comunicamos mais, e que o mundo se torna cada vez mais uma pequena aldeia.

Contudo...
...somos exactamente os mesmos que há 3.000 anos trás, ou 5.000, ou....

A verdade é que se lermos histórias de outros tempos, de há 1.000 ou 5.000 anos trás com base em documentos escritos na época, e substituírmos a tecnologia dessa época pela de hoje, e as interpretações passarem de religiosas ou místicas a científicas (e mesmo assim essa substituição nem sempre é necessária), essas histórias são exactamente iguais às de hoje. E acreditariamos nelas com se tivessem passado com alguém do nosso próprio meio social.

Não mudámos nada, absolutamente nada.

Péssimismo? Talvez... fatalismo, ou o que lhe quiserem chamar...
Julgo que para uma verdadeira mutação será necessária uma alteração mais profunda da nossa mente, na nossa espécie, e, no meu entender, isso levará mais que as passadas 300 ou 400 gerações dos últimos 5.000 anos (se me enganei nas contas, paciência, mas mantenho o meu fundamento).

Optimismo? Talvez... ingenuidade, ou o que lhe quiserem chamar...
Julgo que se nos fomos capazes de manter vivos até aqui, talvez nos consigamos mater por mais 5.000 anos.

O ser humano existe já há umas valentes dezenas de milhares de anos. É certo que nunca como agora dispôs de armamento de destruição massiva, nem poluía o mundo da forma tão estúpida, grave e sem sentido como fazemos hoje.

Ainda assim, é um ser adaptativo, de pequenos grandes feitos, com grande genialidade, muita loucura, exuberância e depressão, generosidade e de rasgos profundos maquiavélicos, e tantas mais qualidades como defeitos. Mas é o mesmo de sempre, sem mais nem menos, pelo menos desde que existem registos históricos sobre a sua vida.


Uma vez pergutaram a Confúcio:
- O que mais o surpreende na humanidade?
Confúcio respondeu:
- Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperá-la. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.
E concluiu:
- Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido...

[Confúcio - China: 551 a.C. - 479 a.C.]

Saturday, February 7, 2009

Desafio

Fui desafiado, e aqui está uma resposta ao desafio.

O desafio partiu da amiga Najla, com quem afinal simpatizei a partir do primeiro contacto virtual.
;)

Muito mais poderia dizer, e porventura até mais interessante que o que aqui vos deixo... mas assim de repente foi o que me surgiu. Talvez noutra altura algo mais interessante saia desta cartola minha cabeça...


Os seis factos aleatórios da minha pessoa são....

uma >> apesar de adorar organização, sou absolutamente desorganizado
(mas onde é que eu deixei as chaves do carro?)

outra >> tenho mudanças súbitas de humor, entre o meio depressivo ao totalmente exuberante, mas a boa disposição e o bom humor acabam por prevalecer - e muitas vezes riu-me de mim próprio
(e as chaves estavam mesmo.... no comments!)

e mais outra>> corto o meu próprio cabelo (já lá vão uns 3 anitos) por detestar esperar no cabeleireiro (ou barbeiro, conforme calhar), pela dificuldade que é encontrar um lugar de estacionamento, ou por estar limitado a horários e disponibilidades... e assim até já cortei o meu cabelo às 4 da manhã, que foi quando me apeteceu!
...e com excepção de um destes dias já não me barbeio há uns 3 anos (só aparo, e não uso barba), mas aqui os motivos são outros...
(manias!)

e ainda >> adoro comer e preparar comer, é relaxante, um escape ao stress e um desafio à imaginação - não sigo receitas... invento divertidamente (talvez por isso às vezes saia cada b...)
(e depois alguém que limpe a cozinha... ooops, mas eu vivo só-zi-nho....)

e não esquecendo >> adoro chocolate... branco, de leite e especialmente o negro! Mas também adoro pastelaria fina, e pasteis de nata, e bolas de berlim com creme, e...
(ai...a balança, as análises, e este belo e redondo almofadado frontal)

por fim, mas não por último >> Gosto de quase todas as culturas com as quais contactei, e outras das quais só ouvi falar, mas tenho uma panca pelas latino-americanas (especialmente a Cubana) e pela espontaneidade africana, e uma total doidice por conhecer a Austrália e a Nova Zelândia
(haja tempo, haja dinheiro, porque vontade já existe que chegue e sobre)


Lamento não passar este desafio a outros seis blogs.
Gostei do desafio, e tenho a certeza de que todos receberão o mesmo por cadeia... porque confio que dos seis desafiados dos quais fiz parte, pelo menos metade vão passar o "testemunho".

:)

Tuesday, February 3, 2009

Pensamentos

No meio de todas as mudanças, pergunto-me se estarei a mudar no caminho certo.

Certo...é que precisava de mudar, e ainda sinto que preciso.
Incerto...é o caminho que tenho estado a percorrer.

Nas mudanças que aceitei, por um lado, e que decidi implementar, por outro, algo correu muito diferente e os planos não resultaram exactamente como previsto.

Por um lado, algo de absolutamente magnífico sucedeu contra todas as minhas expetativas. Trata-se de algo que influencia o meu lado mais pessoal, mais íntimo, e nada me deixaria mais feliz que a surpresa de ter encontrado uma alma gémea numa altura em que não a procurava.

Apesar de muitas mais mudanças precisar que ocorram no plano pessoal, e provavelmente algumas nem conseguirei executar, algo me diz que neste plano estou no caminho certo.

Por outro, e no plano profissional, embarquei numa aventura arriscada que não resultou. Poder-se-ía dizer que foi falta de empenho ou inadaptação da minha parte - acontece - mas a verdade é que o que sucedeu até nem teve qualquer origem na minha performance. Sucedeu porque alguém apostou errado, errou nos cálculos, escondeu factos, não foi frontal, e só os divulgou por obrigação em cima do momento.

Pergunto-me até que ponto as nossas escolhas não serão de alguma forma condicionadas para que façamos um caminho específico. E que por mais que escolhamos um ou outro percurso, acabamos sempre por ser levados a um outro que forçosamente temos de percorrer.

Isto vai de encontro àqueles que acreditam no destino, e que temos algo a concretizar, dê por onde der.

No entanto, e partindo do príncipio de que tal é verdade como forma de equilíbrio de algum nível de energias, como conseguir antecipar e escolher o caminho certo?

Tenho planos, projectos, que requerem tempo, formação e alguma experiência. Tempo que decidi adiar, formação e experiência que decidi obter noutra altura. E agora, que falta me fazem...

Certo...é a felicidade que sinto quando olho nos olhos dos meus amigos, e de quem mais amo.
Incerto...é conforto financeiro que conseguirei ter ao longo dos próximos tempos.

Certo...é que apesar de tudo o que possa suceder no plano profissional, sinto-me capaz de dar a volta por cima, e sentir-me feliz com quem escolhi estar.

Certo...é vivermos assim do que sentimos, e não dos bens que podemos obter.

Tuesday, January 13, 2009

Amor que me encorpas, Corpo que te amo

A propósito do que li num dos meus blogs predilectos sobre a "importância que efectivamente tem a parte fisica de uma relação", e se "...o amor poderá sobreviver sem a paixão... sendo a paixão a expressão primordial do desejo....", dei por mim a meditar no que sinto e porque o sinto.

Naturalmente, sou obrigado a concordar que...sim, a parte física tem importância e...sim, a parte física faz diferença e....sim, todo o físico é fantástico e maravilhoso e fabuloso e mágico e....

Mas por outro lado, talvez seja importante determinar, antes de mais, o que é esse físico, esse desejo, essa tesão. Porque, e à parte de casos particulares (que até nem são assim tão particulares como isso), de que forma é esse fogo físico tão fundamental numa verdadeira relação sentimental?

É que todos já ouvimos sobre histórias reais contadas por uns e por outros de amores distantes ou de amores intocáveis e, por vezes, até sem qualquer físico. Todos já lemos poemas e histórias clássicas de amor, de ilustres autores portugueses e estrangeiros, sobre amores não concretizados, mas que sobreviveram ao passar dos tempos com a mesma força, senão mesmo reforçada (embora agora me ocorra à memória o Cyrano de Bergerac). Todos alguma vez sentimos algo de muito especial por alguém que não foi despoletado por qualquer atracção física, mas que naturalmente se acabou por reflectir no seu corpo (ou não).

Pessoalmente, considero o toque físico muito importante, diria até fundamental. Faz parte de quem sou. Sinto falta de mexer, de tocar, de sentir o calor corporal, o vibrar do corpo, a simples respiração, o palpitar de um músculo, o mexer de uma veia, o cheiro do corpo que em cada parte é diferente, e olhar nos olhos, aquele olhar profundo ou simplesmente observador, o jeito, o gesto, a expressão, enfim... ...o sentir o corpo vivo, e interagir com ele. Sendo esse corpo da pessoa amada, da mais desejada de todas, essas sensações atingem o rubro, e levam-nos a estados e sensações que jamais teríamos de outra forma...
...ou será que teríamos mesmo de outra forma?

Será que, de acordo com algumas filosofias, conseguiremos mesmo desligar-nos do sentir físico e passarmos ao rubro metafísico?

Será que andamos todos iludidos e embrenhados num corpo que, mais cedo ou mais tarde, definha e perde todo aquele sabor, toda aquela frescura, jovialidade, elastecidade, brilho, tenacidade...
...será essa passagem da idade uma lição dos deuses, do sentir sem a necessidade do corpo?

Sei, no entanto, que amarei sempre o corpo daquela que amo, seja hoje ou amanhã, ou daqui a 50 anos, como se fosse hoje. Mesmo o corpo velho, gasto, marcado pelo tempo, sem aquele brilho e esplendor de outros tempos. Porque esse corpo terá sempre a marca do sentimento, do meu sentimento, e do seu sentimento, que o transformará a meus olhos num corpo belo e atraente, aquele que me levará sempre ao rubro, e que me dará sempre a sensação de segurança e conforto, que me faz sentir em casa.

A pessoa que amamos torna-se diferente com o tempo na nossa maneira de sentir e olhar, na nossa perspectiva, e torna-se mais profunda, ou mais "nossa", assim como se fizesse parte de nós, como se fosse uma extensão do nosso ser, do nosso corpo... ...e de uma forma muito natural.
Pelo menos é isso que sinto. Passa a ser um pedaço meu, uma extensão do meu ser, a terminação da minha imperfeição.
E que bem que sabe, mesmo muito bem....

Afinal, talvez seja isso mesmo. O corpo, a "união dos corpos amados", talvez não seja tão fundamental. Na verdade, é meramente passageiro.
Mas nós, seres humanos, precisamos de sentir e gozar dessa união para dar forma a um sentimento que não se apalpa nem se vê, mas apenas se sente como algo abstrato e indescritivel. E sem "encher as mãos", sentimo-nos como que a perder a fé dos sentimentos do coração. Somos incrédulos por natureza. E demonstramos essa incredulidade todos os dias nos nossos actos, até nos mais banais.

E até lá, até nos sentirmos capazes de iludir o físico que nos trai com o tempo, até acreditarmos que o que sentimnos é mesmo verdade e não carece de confirmação...
...até lá, o melhor é tirarmos o máximo prazer do corpo que temos e daquele que amamos, gozarmos dessa tesão física e psicológica até caír para o lado, como se não houvesse amanhã...
...porque amanhã, amanhã é já ao virar da esquina, é já daqui a pouco, e o tempo não perdoa!